No jornal “Público”
de hoje vem a notícia de que Vasco Graça Moura há poucos dias empossado como
presidente do Centro Cultural de Belém, fez distribuir uma circular interna dando instruções aos serviços para não
aplicarem o novo Acordo Ortográfico e para que todos os conversores –
ferramenta informática que adapta os textos ao AO – sejam desinstalados em
todos os computadores da instituição. Mais: vem referido que a decisão foi
tomada por unanimidade do Conselho de Administração, o que quer dizer
que não foi uma decisão arbitrária. Falta saber qual a repercussão que esta
decisão vai ter e perguntar se a mesma será ou não legal, uma vez que o governo
em 25 de Janeiro de 2011 decidiu que esse AO deveria passar a ser adoptado por
todos os serviços do Estado e entidades tuteladas pelo governo. Agora surge a
notícia de que a Secretaria de Estado da Cultura adiantou que sendo o CCB uma
“fundação pública de direito privado” não estará obrigada a adoptar o acordo
antes da data prevista para a sua aplicação generalizada, ou seja 2014.
Poderia dizer que
esta decisão não me aquece nem arrefece pois nada tenho a ver com o Centro
Cultural de Belém. Mas a verdade é que senti um certo orgulhozinho por
verificar mais uma opinião idêntica à minha. Continuo a pensar que esse AO é um
disparate, uma coisa não necessária, uma confusão, uma arbitrariedade, até uma
covardia perante os “iluminados” que a tal nos querem sujeitar.
Quisera que esta
decisão de Vasco Graça Moura, corroborada por outras instituições, muitos
outros escritores, figuras públicas e público em geral como disso tem sido
prova a leitura de diversas notícias a esse respeito, levasse a que quem sobre
o assunto decide possa repensar a situação, revogar o anteriormente decidido e
optar por uma norma que não levante nem dificuldades nem oposições pertinentes.
Pelos vistos, ainda teremos cerca de dois anos para emendar o erro e ter juízo…
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