domingo, 7 de novembro de 2010

Deitada a meu lado

Deitada a meu lado, em sossego,
dormindo descansada,
beijo teus cabelos estendidos
dourados.
Afago o teu rosto
sinto o teu odor
o teu calor.
Beijo os teus olhos,
levemente a tua boca
para não te acordar.
Sinto o bater do coração
e o teu peito saltitando
encosto ao meu rosto
com gosto.
Beijo os teus seios
com ternura,
um,
e outro,
devagar.
Deixo-me estar a sonhar
repousando o pensamento
e a cabeça no teu regaço,
num abraço,
lentamente,
para não te acordar.
Desço o olhar e os lábios,
beijo o teu ventre
com ardor.
Não acordes, meu amor.

1 comentário:

Antober disse...

Albano
Eu sabia do que eras capaz e por isso sabia também que a tua Musa se não compadeceria com o teu espírito sempre contido.
Belo poema. Espero ver-te assíduo por estes lados.
Um abraço
António