Quem escreve normalmente
por prazer ou distracção,
escreve aquilo que sente
pulsar no seu coração.
Escreve ao correr da pena,
como se diz “livremente”,
e se a ideia é pequena
sonha sempre, nunca mente.
Deixa que o seu pensamento
se solte livre no ar.
Encontra forças no vento
que mais o fazem voar.
Gostos, desgostos, paixões,
nada se deve esconder.
Não deve ter ilusões,
Há sempre coisas na mente
que se podem partilhar.
E se é amor o que sente
esse amor deve cantar.
Murmúrios duma cantiga
que aprendeu em criança,
ou versos que há quem diga
que são sempre uma esperança…
Poema com sentimento
guardado no coração
de alegria ou sofrimento
conforme a ocasião.
Descrever um sentimento,
controlar uma emoção,
descrever qualquer momento
que chama a nossa atenção.
O calor, o sol, o vento,
ou o frio que houver
é conforme o firmamento
o decidir, o quiser…
Novas ou velhas, que importa,
Amizades sempre as teve.
Se a mentira não suporta
por isso mesmo é que escreve.
Não inventa. E se sentir
que errou… logo desmente.
Porque não sabe mentir
quem escreve normalmente.
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